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terça-feira, 30 de agosto de 2011

Educação e comunidade virtual

Recordo-me dos tempos em que falar de tecnologia era um bicho papão, principalmente no espaço escolar. Estamos só no início de um longo diálogo!

A escola usa mimeógrafo, máquina de escrever , passando pela máquina de escrever elétrica, xerox (as mais variadas), projetor de slide, retroprojetor, máquina fotográfica ( hoje digital), chegando ao computador. Mas, nada foi tão revolucionário quanto o computador e principalmente com a Internet.

Sem dúvida foi um divisor, a escola antes e depois do computador e com Internet.
Isso tudo ocorreu de forma rápida, ao ponto de não elaborarmos todo esse processo com propriedade e eficiência.

As escolas ainda estão longe desse ambiente (rede) tecnológico. A Internet ainda é um artigo de luxo. Poucos possuem acesso a mesma.

Daí a grande preocupação dos educadores, afinal ela deveria ser administrada para reinventar uma nova dinâmica no espaço escolar. Mas, não é isso que temos visto. Há vários tropeços, vários sintomas por discutir, afinal esse ambiente de comunicação é inovador e desafiador para muitos de nós educadores.

O que torna um diferencial nesse processo, é verificarmos o quanto as informações se tornam obsoletas nesse mundo virtual e sem dúvida esse instrumento deve estar a serviço da humanidade.

Então, o computador e toda a tecnologia deve ser um instrumento que colabore para a aprendizagem, independente de minhas posições prevalecerem ou não.
A tecnologia deve ser vista como valorização do que existe, possibilitando a recriação de novas posturas dialógicas e pedagógicas. A interação, a participação, passou a ser um instrumento de voz e com poder avassalador, pois podemos nos unir em prol de uma causa em poucos minutos.

Por outro lado, observa-se que a total ausência de tecnologia, hoje em dia, nos torna alheios e consequentemente nos segrega. Hoje, dizer que não possui um endereço eletrônico, é quase que um pecado. Isso me assusta, afinal não nos tornamos melhores por possuirmos um computador e sim qual o uso que faço dele.
Assim, a tecnologia deve estar a serviço da humanidade, mas não a qualquer preço.
Hoje pode-se afirmar que conhecimento é poder, pelo menos numa sociedade como a nossa. Isso é fato, mas também contraditório diante da velocidade que tudo acontece. Acredito, que quando olhamos o mundo com só um “olhar”, na terra de cego quem tem olho é rei.

Percebo que todo ato educacional é político e ideológico, portanto não há práxis sem vinculação da necessidade de se aprender algo, quando e para quê.
Acredito que a tecnologia deve estar a serviço do homem e ser um referencial para a construção de novos paradigmas, uma nova reinvenção, e agregar valores éticos e morais como norteadores de sua intenção construtiva do saber.


Natalícia

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