Mensagem

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

A educação em tempos de twitter

José Manuel Moran
Especialista em projetos de mudança na educação presencial e a distância
Diretor de Educação a Distância da Universidade Anhanguera-Uniderp
Com todos os recursos móveis e em rede, muitas questões nos desafiam como educadores:

1. O papel do professor muda cada vez mais: Ensina menos, orienta mais, articula melhor. Ele se aproxima mais dos alunos, se movimenta mais entre eles.

2. Os tempos das aulas se tornam mais densos, para realizar atividades interessantes, que possam ser pesquisadas, produzidas, apresentadas e avaliadas no mesmo espaço e tempo. São inviáveis as aulas de 50 minutos.

3. As aulas não se resumem só aos momentos presenciais. Aumenta a integração com os ambientes digitais, com os ambientes colaborativos, com as tecnologias simples, fáceis, intuitivas.

4. Os espaços se multiplicam, mesmo sem sair do lugar (múltiplas atividades diferenciadas na mesma sala). O conteúdo pode ser disponibilizado digitalmente. Predominam as atividades em tempo real interessantes, desafios, jogos, comunicação com outros grupos.

5. Há uma exigência de maior planejamento pelo professor de atividades diferenciadas, focadas em experiências, em pesquisa, em colaboração, em desafios, jogos, múltiplas linguagens. Forte apoio de situações reais, de simulações.

6. Ganha importância maior a presença do aluno-monitor, que apóia os colegas e ajuda o professor, tanto nas atividades como nas orientações tecnológicas.

7 Aumenta a integração de ambientes digitais mais organizados (como o Moodle) com recursos mais abertos, personalizados, grupais, informais (web2.0) em todas as etapas de um curso. Para motivar, ilustrar, disponibilizar, pesquisar, interagir, produzir, publicar, avaliar com o envolvimento de todos.

8. Quanto mais tecnologias, maior a importância de profissionais competentes, confiáveis, humanos e criativos. A educação é um processo de profunda interação humana, com menos momentos presenciais tradicionais e múltiplas formas de orientar, motivar, acompanhar, avaliar.

9. É imenso – e mal explorado - o campo de inserção da escola na comunidade, de diálogo com pais, bairro, cidade, mundo, com atividades presenciais e digitais.

10. Podemos ter modelos de organização de aulas, atividades e de materiais formatados para todo o país. Só não podem ser aplicados ao pé da letra nem ficarmos reféns deles. Podem servir como roteiros de orientação dos alunos, personalizando-os, dando-lhes a nossa cara, indo além do que está previsto.

11. A educação continuada, permanente, para todos, formal e informal, presencial e a distância, abre imensos horizontes profissionais, metodológicos, mercadológicos, que mal vislumbramos ainda. Tudo está para ser feito, experimentado e reinventado de forma diferente. A educação pode ser o campo mais fértil da reinvenção, porque todas as pessoas, em todas as idades e condições, precisam desesperadamente de ajuda em múltiplos campos: da formação inicial à super-especializada.

12. Diante de tantas mudanças, tudo o que fizermos para inovar na educação será pouco.
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Texto inspirado no livro A educação que desejamos: novos desafios e como chegar lá. 4ª ed., Campinas: Papirus, 2009.

O Ponto Avaliar




Fonte: Curso CECIERJ/ Youtube

domingo, 16 de outubro de 2011

Only Hope - Mandy Moore Legendado BR




Fonte: youtube

Sites que oferecem cursos online gratuito

No site do Sebrae existe dois cursos online – EAD gratuito para quem deseja iniciar um próprio negócio ou quer aprender a elaborar um plano de negócios.
O Aprender a Empreender trata dos conceitos básicos sobre empreendedorismo, mercado e finanças e é voltado para empresários formais e informais de pequenos negócios nas áreas de comércio, indústria, serviços e agroindústria.
Já o IPGN orienta o empreendedor a organizar suas idéias e recursos e indica um roteiro com os principais aspectos a serem considerados no planejamento e abertura de um negócio. Como resultado, o IPGN ensina, passo-a-passo, a elaborar um Plano de Negócio.
Os links para o curso encontram-se abaixo:


http://www.ead.sebrae.com.br/hotsite/

O SENAI oferece cursos gratuitos a distância sobre temas transversais que desenvolvem capacidades para a iniciação no mundo do trabalho ou, no caso de quem já está trabalhando, para a atualização das competências profissionais.
Os temas disponíveis atualmente são: Educação Ambiental, Empreendedorismo, Legislação Trabalhista, Segurança do Trabalho e Tecnologia da Informação e Comunicação.
Os cursos estão sendo oferecidos em duas formas a distância: on-line (conectado a internet) ou com material impresso (MDI).
Agora é com você! Faça a sua escolha e bons estudos!

http://www.senai.br/ead/transversais/

No site do Bradesco, existe um projeto muito legal para cursos online gratuitos.
Recentemente fiz um curso chamado Administracao e Planejamento de Financas Pessoais, com personagens virtuais e exercicios. Recomendo.

http://www.ev.org.br/Cursos/Paginas/Online.aspx

Veja qual lhe interessa!

Natalícia

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

BioDigital Human Intro: Explore the Body in 3D!



  
Bio Digital Human é uma aplicativo gratuito do Google Chrome que permite explorar o corpo humano numa interface 3D (também disponível para Firefox). A ferramenta possui vários recursos que possibilitam visualizar os sistemas de forma individualizada e em relação uns com os outros. Sem dúvidas o Bio Digital Human é um aplicativo valioso para o estudo da anatomia humana até mesmo em cursos superiores da área de saúde.Para utilizá-lo, basta ir à Chrome Web Store e instalar o aplicativo com apenas um clique apenas.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Imigrantes Digitais

Atual geração de professores enfrenta o desafio de aprender a mexer na internet e ensinar com poucos recursos disponíveis

A professora Elayne Stelmastchuk, que tem um projeto de blogs com estudantes


Quando Maria de Lourdes d'Andrade, 49, começou a dar aulas, em 1989, ela só contava com os livros, o quadro negro e a voz. As provas, reproduzidas por mimeógrafo, cheiravam a álcool e os celulares ainda eram muito raros.

Hoje, a professora de ciências da rede municipal do Rio lida com outra realidade. O giz virou pincel atômico, as aulas ganharam auxílio de TV, vídeo e computador; a internet, tão conhecida dos alunos, aos poucos começa a fazer parte de sua rotina.

Maria de Lourdes é de uma geração chamada de "imigrante digital": teve contato com os computadores já na fase adulta e, agora, procura se adaptar a esse mundo.

"Assim que eu comprei o computador, eu tinha medo de mexer", afirmou a professora que, alguns cursos de informática depois, diz estar à vontade com a máquina, mas sem a agilidade dos alunos.

Maria de Lourdes não está sozinha. Como ela, 64% dos professores de português e matemática de 497 escolas públicas brasileiras acham que sabem mexer menos no computador que seus alunos.

A constatação é da pesquisa Cetic.br (Centro de Estudos sobre as Tecnologias da Informação e da Comunicação) sobre a apropriação das tecnologias nas aulas feita com 1.541 professores, 4.987 alunos, 497 diretores e 428 coordenadores pedagógicos.

Para Adriana Martinelli, coordenadora de Educação e Tecnologia do Instituto Ayrton Senna, é um momento paradigmático na educação. Pela primeira vez, o papel do professor, como o único detentor do conhecimento, está sendo questionado.

"Alunos e professores transitam entre os papéis de ensinar e aprender, principalmente quando trabalhamos com as novas tecnologias".

NOVO ENSINO
Para Martinelli, as tecnologias de informação trazem a necessidade uma nova forma de ensino. "É preciso que a inovação pedagógica acompanhe a tecnológica", disse.
Dados da pesquisa trazem um diagnóstico preocupante nesse quesito: as atividades em que os professores mais usam tecnologia são as que têm o centro no docente, sem interação, como exercícios de fixação e aula expositiva.
"A educação tem que ser cada vez mais trabalhada no sentido de partilhar", diz Marc Prensky, educador americano autor dos termos "imigrantes" e "nativos digitais".
Na busca por usar a tecnologia a seu favor, a professora Elayne Stelmastchuk, de Nova Fátima (360 km de Curitiba), propôs aos seus alunos da escola estadual Dr. Aloysio de Barros Tostes a criação de blogs temáticos. O sucesso foi tanto que outros alunos também resolveram criar blogs voltados para o estudo.
"Eles estão aprendendo que internet não é só Facebook e MSN. Estão usando a rede também para estudar."

LIMITAÇÕES TÉCNICAS
Se a questão geracional pode ser um desafio na adoção das tecnologias na prática pedagógica cotidiana, a pesquisa aponta outro vilão para apenas 18% dos professores usarem a internet na sala: a falta de equipamentos adequados na rede pública.

Nas escolas participantes, havia, em média, 23 computadores à disposição dos alunos, dos quais 18 em funcionamento. Pelo censo escolar 2010, há 800 estudantes por escola. Cruzando-se os dois dados, dá a média de 44 alunos por computador.
Entre os professores pesquisados, 86% disseram que o pequeno número de máquinas atrapalha o uso da tecnologia no cotidiano. Apenas 4% das escolas têm computador em sala de aula -86% estão em laboratórios.


Fonte:
PATRÍCIA GOMES
DE SÃO PAULO
 http://www1.folha.uol.com.br/fsp/saber/sb0310201101.htm

domingo, 2 de outubro de 2011

O buraco no muro





Fonte: Youtube

TORRADAS QUEIMADAS... Muito importante para a vida!

Quando eu ainda era um menino, ocasionalmente, minha mãe gostava de fazer um lanche, tipo café da manhã, na hora do jantar. E eu me lembro especialmente de uma noite, quando ela fez um lanche desses, depois de um dia de trabalho, muito duro.
Naquela noite, minha mãe pôs um prato de ovos, lingüiça e torradas bastante queimadas, defronte ao meu pai. Eu me lembro de ter esperado um pouco, para ver se alguém notava o fato.

Tudo o que meu pai fez, foi pegar a sua torrada, sorrir para minha mãe e me perguntar como tinha sido o meu dia, na escola. Eu não me lembro do que respondi, mas me lembro de ter olhado para ele lambuzando a torrada com manteiga e geléia e engolindo cada bocado. Quando eu deixei a mesa naquela noite, ouvi minha mãe se desculpando por haver queimado a torrada.

E eu nunca esquecerei o que ele disse: “- Adorei a torrada queimada...” •Mais tarde, naquela noite, quando fui dar um beijo de boa noite em meu pai, eu lhe perguntei se ele tinha realmente gostado da torrada queimada.

Ele me envolveu em seus braços e me disse: “- Companheiro, sua mãe teve um dia de trabalho muito pesado e estava realmente cansada... Além disso, uma torrada queimada não faz mal a ninguém. A vida é cheia de imperfeições e as pessoas não são perfeitas. E eu também não sou o melhor marido, empregado, ou cozinheiro, talvez nem o melhor pai, mesmo que tente todos os dias!".

O que tenho aprendido através dos anos é que saber aceitar as falhas alheias, escolhendo relevar as diferenças entre uns e outros, é uma das chaves mais importantes para criar relacionamentos saudáveis e duradouros. Desde que eu e sua mãe nos unimos, aprendemos os dois, a suprir um as falhas do outro. Eu sei cozinhar muito pouco, mas aprendi a deixar uma panela de alumínio brilhando. Ela não sabe usar a furadeira, mas após minhas reformas, ela faz tudo ficar cheiroso, de tão limpo. Eu não sei fazer uma lasanha como ela, mas ela não sabe assar uma carne como eu. Eu nunca soube fazer você dormir, mas comigo você tomava banho rápido, sem reclamar.

A soma de nós dois monta o mundo que você recebeu e que te apóia, eu e ela nos completamos. Nossa família deve aproveitar este nosso universo enquanto temos os dois presentes. Não que mais tarde, o dia que um partir, este Mundo vá desmoronar, não vai. Novamente teremos que aprender e nos adaptar para fazer o melhor. De fato, poderíamos estender esta lição para qualquer tipo de relacionamento: entre marido e mulher, pais e filhos, irmãos, colegas e com amigos. Então filho, se esforce para ser sempre tolerante, principalmente com quem dedica o precioso tempo da vida, a você e ao próximo.

"As pessoas sempre se esquecerão do que você lhes fez, ou do que lhes disse. Mas nunca esquecerão o modo pelo qual você as fez se sentir”.


"O SORRISO ENRIQUECE OS RECEBEDORES, SEM EMPOBRECER OS DOADORES”
Mário Quintana

Fonte: Desconheço o autor